POR QUE ESPERAR?

 DF e OESTE DA BAHIA:

O QUE ESTAS REGIÕES TÊM EM COMUM?

Nas ultima décadas, um contingente considerável de migrantes da região oeste da Bahia vieram para Brasília; muitos são meus amigos.

Sociólogos e especialistas em expansão urbana, ao analisar a região do entorno e o surgimento de novas áreas habitacionais no DF; principalmente as  geradas  por invasões, são unanimes em apontar as conseqüências sociais resultantes desta situação em que o bom senso exige melhor compreensão das causas motivadoras dessa  questão; antes que se faça um veredito xenófobo, em prol do bem estar social na Capital da Republica.

Na região oeste da Bahia, para muitos pais de famílias e jovens a opção de sobrevivência é irem para o corte de cana de onde muitos voltam viciados em drogas ou com a falsa ilusão de que nas cidades vive se melhor.

Mas o corte de cana é uma das conseqüências e não a causa, ou uma das causas do êxodo rural na região oeste da Bahia...

Creditamos ah  um conjunto de fatores determinantes que obrigam diversas famílias a abandonarem suas terras e saírem em busca de meios de sobrevivência,  sendo a falta de água a razão que consideramos como elemento vital.

Nas ultimas décadas, centenas de pequenos córregos que eram tributários dos afluentes do Rio São Francisco secaram e as comunidades localizadas as margens desses córregos; tornaram se dependentes de “políticos”, que se mantém nos cargos negociando favores ao liberarem um caminhão pipa de água  ou com promessas de resolverem a situação, caso forem reeleitos.

Passamos noventa dias em uma destas comunidades; em plena campanha eleitoral e constatamos um dos motivos que fizeram Brasília ser vista como a capital da corrupção. Em determinadas regiões do País, os cidadãos  são obrigados, sem meios termos, a votarem em canalhas.

Brasília e a região oeste da Bahia têm em comum o direito do CIDADÃO VOTAR; porém as condições ao votar determinam em escala ascendente a degradação social evidenciada nas duas regiões. Inclui se neste comentário, todas as regiões pobres do País.

Moro em Brasília e sou Ativista de uma ONG que atua na Região Oeste da Bahia, promovendo a Revitalização/Preservação  dos recursos Hidroambientais e sustentabilidade nas comunidades Ribeirinhas.

Acredito que  contribuir para construção de um pequeno DIQUE, para contenção de águas pluviais no leito dos córregos que secaram; não só ajuda na revitalização do “Velho Chico”, mas pode melhorar o aspecto social em Brasília  e principalmente elevar o  moral  do Congresso Nacional; em anos vindouros, quando dali surgir  uma política nacional de desenvolvimento das regiões e das localidades.

Evandino Antonio Eneias.

Ativista da ACAI- Associação Comunidade Ação e integração. 

Brasília  25 de novembro de 2010.